O edifício é do séc.XIX, tem a encimar a sua frontaria o brasão da rainha D. Maria II.
Segundo algumas fontes, a construção sendo pertença particular da monarca, foi doada à população de Salvaterra de Magos, porque a primitiva casa municipal, deixou de ter condições de uso, com o sismo de 1858. As andorinhas, sempre aproveitaram os seus beirados, e ali pela primavera iniciavam um novo ciclo de vida - a reprodução da espécie ( três por ano ). Os autarcas municipais, ao longo dos tempos, preservaram aquela riqueza da natureza.
Se recuarmos aos anos 50 século passado, mesmo com os grandes festejos das inaugurações do abastecimento da água e da electricidade à vila, onde o edificio foi engalanado durante vários dias, nunca os ninhos daquelas aves sofreram qualquer dano.
Éra hábito antigo todos os edificios municipais de Salvaterra, como as escolas, serem caiados, durante os meses de Agosto e Setembro e, duas mulheres se encarregavam disso. Por vezes, uma delas era a minha mãe.
Os paços do concelho, era guardado para o último mês, onde as obras de conservação e caiação das paredes exteriores tinham lugar, depois do inicio da emigração invernal, das aves que ali tinham os seus ninhos, sendo conservados, para o ano seguinte.
O séc. XXI, foi trazendo novos tempos, com eles outras decisões...!
Agora tudo mudou, quando no ano de 2007, as andorinhas estavam em plena época de criação (Maio), os ninhos foram destruídos, alguém me chamou a atenção do sucedido e, daquele nefasto atentado à natureza obtive algumas fotos.
Dias depois, aproveitei a realização de uma Assembleia Municipal, e como cidadão amante da ornitologia, para não dizer: uma obrigação de qualquer um, em conservar a natureza e o seu meio ambiente, estive presente e denunciei o facto.
Da presidente da câmara municipal, Cristina Ribeiro, obtive a resposta, lacónica e mordaz.
"Não me diga...! Vou todos os dias para a câmara e ainda não tinha dado por isso...!"
Dos deputados municipais, apenas se viram alguns sorrisos mortecidos, pois a conivência era patente, até porque ninguèm se interessou pelo problema.
No ano passado, o mesmo aconteceu, as andorinhas voltaram a ser impedidas de criar, naquele edifício público. Estamos em Março de 2009, novo ciclo de vida das andorinhas, se aproxima, elas regressaram no passado dia 13 de Fevereiro, dia em que vi as primeiras a chegarem ao beirado da minha casa, nesta vila de Salvaterra de Magos.
Os ninhos no edificio camarário, continuam por serem reconstruídos e, das andorinhas, naquele espaço aéreo, nem vista em cima, quando noutros beirados, já o trabalho está feito, passados 15 dias.
JOSÉ GAMEIRO
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