Há poucos dias morreu Manuel Santana Lobo.
Pessoa, enquanto jovem se dedicava de corpo e alma às coisas da dele e minha terra – Salvaterra de Magos. Manuel Santana, Esteve na vida cultural, como; a música, esteve no desporto, na vida social e nas festas da sua terra que muito queria. Foi dirigente das colectividades, e pertenceu a muitas actividades, que davam vida à vila, pois era sempre solicitada a sua participação. Durante anos a fio estivemos na organização das Festas de Salvaterra, imbuídos na feitura da parte cultural. Eu, especialmente na parte das exposições na capela real. Eram actividades que davam ao público uma outra visão do passado das gentes da terra. O Manuel Santana, sempre acompanhado de sua esposa; Fernanda Policarpo, integravam também os festejos; Festas do Foral dos Toiros e do Fandango – Salvaterra de Magos, dando o seu empenho na organização, de vários espectáculos. Eram dias que impulgavam todos os que nela
participavam, porque todos no dia da sardinha assada, lá estavam na sua distribuição gratuita - tempos houve que eram algumas toneladas, com o pão oferecido pelas padarias e o vinho pelos vinicultores do concelho e terras dos arredores. Os milhares de visitantes enchiam a avenida principal naquela noite, num convívio que durava 3/4 horas. A comissão, terminadas as festas, alguns dias depois, na Tertúlia do Vidaúl Cabaço, faziam a sua convivência, cada um levando os comes e bebes utilizados na pequena reunião em comum. Em jeito de homenagem amiga, aqui vai uma recordação para o Manuel Santana, porque neste ano passam 30 anos de uma das suas participações.O espectáculo de variedades, daquele ano de 1992, tinha um titulo apelativo “ COISAS DA MINHA TERRA”, e como sempre participavam jovens da terra, que habitualmente davam a sua contribuição. Em jeito de crónica/ou reportagem, escrevi num jornal da região um artigo, que depois serviu para ilustrar a capa da caixa da gravação, que guardo em UHF, e que já passei para o sistema DVD. “Valeu a pena!... A trovoava ter interrompido o espectáculo. Integrado nas Festas do Toiros e do Fandango, as “Variedades Populares”, ocupariam a segunda parte daqueles festejos. A primeira, decorreu com um programa delineado e destinado à população jovem. Ao iniciar-se o ponto forte da noite festiva, uma trovoava abate-se sobre a vila e obrigou os milhares de espectadores , a uma rápida fuga, abrigando-se em tudo quanto era sitio de abrigo. O Largo dos Combatentes, local sempre acarinhado pela população em dias de festejos, ficou num ápice deserto. Os trovões e relâmpagos, que irromperam sobre Salvaterra, metiam medo, deixando-a às esta às escuras durante largo tempo, provocando a decisão de adiar o espectáculo para o dia seguinte. Alguns crentes, em S. Baco, santo muito querido na terra, muito lhe pediram a sua ajuda para que tal acontecesse. O dia seguinte, estava limpo, a noite agradável, não bolia uma ponta de vento, o público estava ansioso por ver os “seus” artistas. Um grupo de jovens amadores, vinha deste à semanas ensaiando os seus papeis e iriam por à prova a sua capacidade artística, em três horas de espectáculo. Actores, que parodiaram o Presidente da Câmara, que não concretizava uma promessa da construção de uma Piscina na terra. Não menos impacto teve aquele alegre duo, que caracterizou o funcionamento do funcionamento do Departamento Cultural, com a presença de um borrego em palco. Era uma “arremetida” que tinha destino. Cenas de boa coreografia como os “toureiros” e os “ciganos” são momentos dificeis de esquecer aquém assistiu àquelas actuações, em plena noite de Verão. Naquele espectáculo actuaram como ARTISTAS; Ana Jorge, António Augusto, Carlos Duarte, Carmo Sequeira, Celeste Rodrigues, Diana Caçador, Dina Silva, Edite Pinto, Elias Oliveira, Elisa Viana, Fernando Silva, Filipe, Helena Duarte, Isabel Andrade, Isaura Duarte, João Travessa, João Viana, José Filipe Andrade, Julieta Hipólito, Lurdes Lamarosa, Lurdes Mirão, Marina Palma e Manuel Carlos. COREOGRAFIAS de; Célia Jorge, Carla Duarte, Elsa Viana, Fernando Letra, Gonçalo Esteves, Gonçalo Dionísio, Hugo Pratas, Hugo, Ivone, João Duarte, Joaquim Carlos, Mónica Antão, Olinda Duarte, Sérgio Patrício e Tiago. ACTORES; Ângelo Marques, Elisa Travessa, Eugénio Gomes, Nuno Oliveira, Paulo José, Pedro Machado, Rafael Assis, Tó Zé Narciso, Bé Sousa e Zé Lino. MÚSICOS; Amadeu Neves, José Sousa, Carlos Borrego, Tó Grencho * PARTICIPAÇÕES; Maquilão, Sérgio Banha, Zé Pelixo – COLABORADORES; Adelaide, Isabel Duarte e Susana Antão. CABELEREIRAS E MAQUILAGEM; Elsa * REALIZAÇÃO E COODERNAÇÃO; Fernanda Policarpo, Leonor Cadório e Manuel Santana.
JOSÉ GAMEIRO