A II guerra mundial, estava para durar. O ano de 1944, segundo o calendário Gregoriano, estava-se a meio do quarto mês. Os campos floridos aqui e ali, mostravam um tempo primaveril, com a Páscoa à porta. Nos canteiros de arroz do Paul de Magos, alguns ranchos de mulheres plantavam arroz. Entre aquela gente uma jovem com barriga pesada dando mostras de uma prenhez adiantada “beijando” o lodaçal , em silêncio ouvia os seus cantares alegres. Naquele sábado, o grupo de Salvaterra, largou o trabalho já o luz-fusco tinha aparecido, e numa pressa, saltando valados, entrou na estrada de cimento ainda fresca de construção(2), de regresso a casa. a Jovem acompanhava o andamento em passo largo, e chegou a casa na rua, Debaixo dos Arcos (1) , na vila de Salvaterra de Magos.
Como toda a mulher de família naquela época, fez a lida da casa, e deitou-se já a noite ia alta. Manhã cedo de Domingo de Páscoa, dia 16, ainda foi até aos Tanques do Rego, lavar algumas peças de roupa do casal. Pelas 11,00 horas da manhã, as dores, aquelas dores que tantas mulheres já mães tinham experimentado, eram de grande sofrimento, mas desejadas com alegria. Depressa veio a pé até casa, acompanhada de algumas companheiras condoídas, mas cheias de solicitude, que chamaram a mãe dela; Maria Lopes. A Felisbella ia ser mãe. Com os preparativos da parteira, e depois de algumas tempo de dorida espera, nasceu um robusto rapaz pelas 15,00 horas. já tinha nome seria José, o nome do pai; José Gameiro. Bendito, Dia de Páscoa !. (1)– Rua Heróis de Chaves: Casa onde mais tarde esteve a Central das Carreiras, e no seu espaço foi instalada a Estação Rodoviária. 2)- EN 118 – Lanço construído entre Almeirim Salvaterra
Corria o ano de 1383, no dia 2 de Abril, estava o rei de Portugal, D. Fernando, casado com D. Leonor Teles de Menezes, no Paço real de Salvaterra de Magos. Nas várias semanas que durou a estadia da família real em Salvaterra, o entrudo foi data festejada com entremezes, onde a troca de vestuário era uma forma divertida de esconder o homem da mulher, nos bailes que duravam madrugada fora. A estadia durou até uns dias antes da Páscoa. O rei, D. Fernando fazia-se sair, ainda madrugada com grande cortejo para a caçada de javalis e lebres, para deleite dos convidados, representantes de algumas cortes amigas da europeias.
Outros, como os conselheiros do reino, saiam em horas matinais com as esposas, e filhos de menor idade, em passeios a cavalo pelos campos da charneca, onde as damas, colhiam aqui botões de flores, que já davam conta que a primavera estava para breve. A meio da semana, em horas marcadas, estavam de regresso para assistirem às decisões do rei, e muitas foram assinadas por real-alteza com o seu apoio. Um mensageiro, acompanhado com cavalgadura bem carregada, e vigiado com alguns seguranças, vinha de Lisboa trazer o correio real para apreciação de sua alteza, uma vez por semana. Para as reuniões era usada a casa do secretário do paço, numa pequena travessa ali na vila, junto da Fonte de S. António. No dia 2 de Abril, com a presença de representantes do rei D. João de Castela. foi assinado o Tratado, segundo o qual este rei, casaria com a princesa D. Beatriz (ou Brites). O rei de Portugal, D. Fernando, já vinha arranjando e cancelado o casamento de sua filha Beatriz, de 10 anos e três meses de idade, por diversas vezes, até que finalmente, tentando evitar que o príncipe castelhano, D. Fernando, o segundo filho do rei de Castela, lhe sucedesse no trono por força do tratado de Elvas, pensou encontrar a solução, por mais estranho que pareça, no casamento da sua única filha e herdeira com o próprio rei D. João de Castela.
Este, estava viúvo desde o ano anterior de uma princesa aragonesa, aceitou, tal proposta crendo que lhe estava aberta a via para anexar o reino de Portugal ao de Castela e Leão. Após uma reunião de embaixadores, que durou horas foi negociado o casamento . A cerimónia final do casamento com toda a pomba que o acto merecia, teve lugar em Maio daquele ano, na cidade fronteiriça de Badajoz. Porém o tratado de Salvaterra não reconhecia como soberanos plenos João I de Castela e Beatriz, e reservava o trono de Portugal para um hipotético neto do rei D. Fernando, o qual, três meses após nascer, seria trazido para Portugal e aqui criado sob a tutela dos avós ou de quem eles nomeassem, caso viessem a falecer quer antes quer depois do nascimento do dito neto ou neta.
Os reis de Castela e Leão só tinham, pelo tratado de Salvaterra, à morte do rei D. Fernando, direito a intitularem-se rainha e rei de Portugal e às rendas e frutos do reino, depois de pagas todas as despesas que se costumavam de ter no tempo do pai de Beatriz. Teriam apenas direito ao título de reis numa situação precária e seriam usufrutuários do saldo líquido das rendas do reino, nem sequer podendo ser qualificados, em rigor, como verdadeiros soberanos nominais, pois que das decisões em Portugal não cabia apelo para a corte castelhana, pertencendo o Regimento (governo) a Leonor Teles ou a quem, em caso de sua morte, ela deixasse nomeado. Beatriz (ou Brites), nunca foi rainha em Portugal, enviuvando em 1390, foi viver para a cidade de Toro, e aí morreu foi sepultada segundo alguns registos em 1412, no convento de São Francisco. Fonte: história de Portugal * de Salvaterra de Magos * Wikipédia Fotos: Autor e Wikipedia. JOSÉ GAMEIRO
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