As festas do Foral dos Toiros e do Fandango de Salvaterra de Magos, tiveram inicio no ano de 1984, após no ano anterior haver sido realizada uma Exposição que teve lugar no espaço interior da Casa do Povo. Já antes nos anos de 1966, 1967 e 1968, tinham tido lugar as “Festas dos Toiros e do Fandango de Salvaterra de Magos”. Em 1995, estava na presidência da Câmara Municipal, o Dr. José Manuel Gameiro. Nesse ano, eu; José Rodrigues Gameiro (José Gameiro), como sendo habitual vinha integrando uma comissão que realizava aqueles festejos que duravam duas semanas. Nas diversas actividades oferecidas à população e visitantes, estavam presentes amostras em exposição cultural, na Capela Real, muita da riqueza que divulgavam o património etnográfico da população. Naquele ano, tomei a iniciativa de promover a criação de um livro que alberga-se a publicidade do comércio e serviços da terra (uma outra forma de angariar fundos), apoiada com divulgação por instalação sonora. Nas páginas do livro, foram intercaladas algumas fotos, de motivos antigos que tinha no meu arquivo. Esta iniciativa foi bem aceite pela população, tornando-se uma prática nos anos seguintes. Todos os anos, cedia fotografias, que tinha no meu imenso espólio, muitas delas, em tempos me tinham sido oferecidas pelo então fotografo-amador; Alexandre Cunha, obtidas nas décadas de 40 e 50 do séc. XX. A oferta das fotos, do Alexandre Cunha, e alguns negativos em vidro, tiveram lugar quando de uma entrevista que lhe lhe fiz.
Os dados recolhidos eram para publicação jo Jornal "Aurora do Ribatejo" sobre a origem do Clube Desportivo Salvaterrense, e sua evolução, onde juntou depoimentos de alguns outros idosos companheiros daquele tempo. O encontro teve lugar na sua barbearia, situada na Praça da República, durante algumas horas pois Alexandre Cunha, foi quem idealizou e pintou o emblema da colectividade. Com o decorrer dos anos, os organizadores das festas de Salvaterra, especialmente o seu secretário; João Monteiro (Borrego), esmerava-se em seleccionar as fotos que a população, agora pretendia também ver naquela pequena edição anual. José Miguel da Graça, e muitos outros, não deixavam de fazer questão em ver os seus “bonecos”, naquele livro, pois eram já “relíquias” do passado de Salvaterra de Magos. A rua 25 de Abril, o Largo dos Combatentes e a Av. Dr. Roberto da Fonseca, eram espaços sempre cheios de povo, especialmente quando estava prestes a iniciar-se diariamente as actividades festivas. A rua 25 de Abril, com os pequenos stands em madeira, davam grande colorido e ajudavam as colectividades da terra, a angariarem fundos. O bonito palco, uma ideia do Engº Helder Esménio, montado no Largo, era emblemático das festas. O livro de publicidade anual das festas, foi uma edição, que passou também a ser usado nas festas das Freguesias do concelho. JOSÉ GAMEIRO
O jogo do chinquilho, era um jogo que sendo praticado pelo povo rural, também encontrava muitos adeptos, da área urbana da vila de Salvaterra de Magos, como se pode observar no conto sobre o “último dia do lobo em Salvaterra”, escrito por José Amaro, no decorrer dos anos 30, do séc. XX.
Relatos existem que no séc. XVIII, os feirantes que vinham à feira anual, traziam sempre novidades, um ano entre eles veio o Chinquilho.
O gosto deste entretinimento ficou, e com o decorrer dos tempos, passou a ser um atractivo nalgumas tabernas da vila – no espaço em frente à porta, que era de terra, ou no quintal, por ser mais recatado. Era um jogo de grande disputa, entre os grupos participantes, que no final os vencedores bebiam uns copos de vinho, pagos pelos vencidos.
Quando as terras da coutada real, foram vendidas pela casa real (D. Maria II) , os novos Foreiros, que saíram de Salvaterra, levaram entre os seus hábitos, a cultura que os seus
Antepassados usavam, tal como: os cantares e danças.
Os jogos como o Pau Ensebado e o Chinquilho, estavam entre os seus entretenimentos.
Em Salvaterra de Magos, mesmo nos festejos populares, (as tabernas foram substituídas por cafés), deixou de se ver a prática deste e outros jogos. – como: as cartas.
m todo o Ribatejo, este jogo praticava-se com variantes: Em 2006, fui encontrar, junto a um café, na Várzea Fresca, um lugar pertencente à Freguesia de Foros de Salvaterra, alguns praticantes do Chinquilho, que ainda mantinham o hábito de ao domingo se juntarem.
Numa destas variantes, a mais usada, consiste no arremesso de uma malha em ferro de formato redondo, de forma a derrubar um pino, que se encontra a cerca de oito metros de distância. Cada derrube do pino vale dois pontos, quem conseguir ter a malha mais próxima do pino obtém um ponto, que é marcado no terreno com pequeno pau (cada grupo de jogadores, tem o seu espaço).
O jogo termina aos vinte e quatro pontos. A meio do jogo (12 pontos), as equipas bebiam um copo de vinho por conta (foi substituído por cerveja) No entanto, durante o jogo, os participantes com menos pontuação podem impor regras, designadamente a mudança de jogo chamado “à sinca”, em que o jogador pontua sem que a malha passe a linha de colocação do pino. Também se podia fazer uma habilidade como: mandar a malha por baixo da perna.
Nota: Foto 1 do autor - Jogadores de Cinquilho na Várzea Fresca - Ano 2006 do autor * Foto 2 do autor Ano 2000 - Porta de entrada para a taberna da "Anunciada" (Anunciada da Conceição (Sequeira - nome do marido), avó de Adelaide Rita, viuva de Fernando Santos - tiveram um estabelecimento na Av. Roberto F.Fonseca) A taberna situava-se na Trav. da Azinhaga em Salvaterra de magos ( em cima junto ao muro ainda se pode ver o ferro que suportava o gasometro, para a luz)
José Gameiro
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