O 1º de Dezembro de 1640, é comemorado com um feriado nacional. Já passaram 370 anos, sobre o dia da restauração de Portugal, que estava sob o domínio da dinastia filipina, de Espanha, havia 60 anos. O 1º de Dezembro, foi há dias…! A Banda de Música e a Fanfarra dos Bombeiros de Salvaterra de Magos, saíram à rua pela manhã e percorreram as principais ruas da vila, os músicos fizeram continência no Posto da GNR, tocando o Hino da Independência. Tudo mudou em meio século. No dobrar do século XX, a Banda de Música, ainda mantinha a tradição. Iniciava os festejos percorrendo algumas ruas da vila, até porque elas eram muito poucas. De madrugada, aí pelas 6 horas da manhã, ouvia-se um morteiro, era o início do desfile. O Hino da Independência, era tocado a intervalos com o rufar das caixas e tambores, onde dava para ouvir o barulho das botas cardadas, batendo em unissonante na calçada das ruas. A casas finas, da terra, tinham à sua entrada, um mesa com bebidas doces. O muito povo que acompanhava a Banda, esperava que a marcha fosse retomada. As muitas tabernas, que àquela hora já estavam abertas, para servirem o “mata-bicho” da sua habitual clientela da manhã, até porque muitos iniciavam a pé a caminhada até ao trabalho no campo. Era aí, que lhes era servido um copo de Aguardente, Ginja,ou um Abafado, acompanhado de broas de milho, que o taberneiro ia tirando de uma caixa de lata, e abrindo-as ao meio, para que chegassem para todos.
Os acompanhantes aproveitavam a oferta, e davam resposta ao frio da época. O rapazio, que àquela hora também acompanhavam o andar rápido dos músicos, chegavam ao fim da marcha, tal como alguns adultos, já com o “grão na asa”. Tudo isto são lembranças, da minha meninice, mas já não descarto da minha memória, outras formas de comemorar aquele dia, 1º de Dezembro, que existiu aqui em Salvaterra. Era feita de uma forma original, segundo ouvia dizer aos mais idosos. O sapateiro, António Pega (António da Costa Nunes), quando a manhã já ia adiantada, dando lugar ao meio dia, lá andava com a sua pequena sineta, tocando-a, dizendo; “Viva a Restauração de Portugal”. Do António Pega, ainda me lembro e bem, era quando algum Vivente da vila, perdia objecto precioso, ou a carteira com valores, lá ia pedir a sua ajuda, a troco de algumas moedas. Lá andava o Pega, ruas abaixo, ruas acima, tocando a sua sineta e gritando “dão-se alvissaras, a quem encontrou, …… “
A oficina deste artesão, situava-se à entrada da rua Dr. Miguel Bombarda, mesmo junta a uma outra de pintura, do Chico Suspiro (Francisco Fonseca), que se dedicava entre as pintura de camas de ferro e mobilias de madeira, ás reparações do verniz, das pequenas caixas das Alminhas e seus santinhos, que os crentes usavam nos
quartos. Nota: Foto – Desfile da Banda de Música –
1 de Dezembro de 2010 JOSÉ GAMEIRO
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