Tudo muda, nada é como dantes!
A tauromaquia de há uns anos para cá, deixou de ter aquele encanto, mesmo para o aficionado. Para os outros era uma festa ver todo aquele aparato. A Feira anual, da vizinha vila de Benavente, tinha lugar em Setembro, na semana seguinte, era a de Salvaterra. Não era a feira franca, pois essa ocorria meses antes, em Maio. Em 1950, já com os cartazes, na rua onde se anunciava que vinham actuar na praça de toiros da vila, os mestres cavaleiros; João Branco Núncio e Simão da Veiga.
Os espadas, eram Manuel dos Santos e Diamantino Viseu. Abrilhantava a corrida a banda de música "Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos". Os toiros eram da ganadaria "Irmãos Roberto" e, os forcados eram do grupo do Manuel Faia, onde pegavam, o Timpanas e o Manuel Ferrador. As "claques de aficionados" que aqui existiam, tinham agora mais uma vez oportunidade de ver actuar os seus idolos.
Ao longo do ano, dividiam-se em acérrima descussão. Um grupo; apoiava João Núncio, um outro Simão da Veiga. Quanto aos matadores de toiros; Era de ouvir, qual o grupo de aficionados, que soprepunha o seu toureiro, em relação ao outro.
A discussão, começava muitas vezes, nas oficinas de sapateiro, e continuava na sede do Clube Desportivo.
Naquele domingo de Setembro, o aficionado visitante, perdia-se entre povo da terra. O muro da Hota do Sopas, era pequeno para tanta gente empoleirada, vendo os cavaleiros, no "aquecimento" dos cavalos, no largo da frente da praça. Lá dentro, nos espaços abertos (janelas) com gradeamento em ferro, estavam apinhados de espectadores, que se suprepunham uns aos outros, esperando a vinda dos toureiros, através da avenida. Éra um delirio, quando descortinados entre uma muitidão, que os tinham esperado na Pensão do Ribatejano. Era ali, nos seus quartos, que se vestinam de luces, e vinham a pé, tapados com uma ou outra peça de roupa, guardados pelo seu stafe.
A praça estava esgotada. No final, quando o matador, Manuel dos Santos, triunfou na corrida, saíu pelo portão grande, e foi levado em triunfo, aos ombros dos seus simpatizantes.
A avenida, a rua Marquês de Pombal, a Heróis de Chaves, ficavam apinhadas de tanta gente, levando o seu idolo, de volta ao Ribatejano.
JOSÉ GAMEIRO
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