Em 1970, comemorava-se meio século sobre a data da inauguração da praça de toiros de Salvaterra de Magos. Estávamos em 1 de Agosto, para evocar a efeméride, servi-me das páginas do há muito desaparecido semanário “Aurora do Ribatejo”que se editava em Benav ente.
.Com o responsável pela “Página de Salvaterra” José António Amaro, lá fomos recolher informações, a José Luís das Neves, único membro das duas comissões que muito pugnaram para realizarem um sonho que durava há muitos anos. Fomos ouvi-lo no seu local de trabalho, no Grémio da Lavoura e, ao dizermos ao que íamos, passamos ali momentos de indescritível emoção, registando as suas memórias.
Também nos fez entrega, para além de dois cartazes das corridas (um da inauguração e um outro do segundo dia), algumas actas e correio trocado para a cedência de madeira vinda do pinhal do Escaroupim, uma folha de férias da última semana de trabalho, onde constava os nomes dos trabalhadores, ganhando alguns deles em 7 dias de trabalho, 133.000 réis. As fotos do interior da praça, naquele dia da inauguração, foram-nos emprestadas, pela D. Graziela Silva, pois ficou com espólio do Dr. Roberto Ferreira da Fonseca. Uma outra sorte tive, naquele imenso trabalho de recolha de material para a grande reportagem. Um dia, encontrei sentado na floreira de pedra, da entrada dos CTT, estava apanhando sol, um idoso meu antigo conhecido, era o António Remundo, que constava na folha de pagamentos. Conversa daqui e dali, lá me foi dizendo, que sendo jovem, destruiu no sítio onde se instalou a arena, um dos três moinhos que existiam na zona. O tempo passou, em 1992 e 1994, voltei ao assunto, lembrando a efeméride, no jornal Vale do Tejo. Agora que estamos em 1 de Agosto de 2009 e, 89 anos já passaram, publicamos aqui algumas passagens da nossa reportagem (1), com o apoio das páginas do diário “A Manhã”, publicado no dia 8, que á época se publicava em Lisboa. Aquele diário republicano, de 1920, informava os seus leitores, que a construção da praça orçou em cerca de 50 contos (cinquenta mil escudos), pois ainda se fazia a equivalência com a antiga moeda – os réis.
Como a praça, tinha sido construída na sua maior parte em madeira, na década de 40, com o ciclone, grandes estragos sofreu, a esposa do Conde Monte Real, suportou os custos da construção das paredes e Gaspar das Costa Ramalho, arcou com as despesas das bancadas em cimento. Aquele taurodromo, que embeleza a entrada da vila de Salvaterra de Magos, tem sido conservado pela sua proprietária, Santa Casa da Misericórdia, tendo sofrido ao longo dos tempos, algumas alterações, como o fecho das janelas exteriores (retirada das grades de ferro), nova marcação de lugares, dando assim origem à presença de um maior número de espectadores e instalação de luz eléctrica, para corridas nocturnas.
José Gameiro
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Nota: O material angariado foi enviado através da redacção do jornal, para a gráfica onde era impresso, muito dele desapareceu, mas tive a sorte de ter feito algumas cópias e, entre elas as dos cartazes das corridas. A reportagem, encontra-se guardada nas páginas do jornal “Aurora do Ribatejo”, encadernado, pois ofereci todas as edições daquele periódico à biblioteca municipal de Salvaterra de Magos.
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