por telefone pessoa amiga, pediu-me algumas informações sobre a existência de um Coreto, em Salvaterra de Magos - motivo de tal preocupação - as obras de conservação do existente frente à Igreja de Muge, * Aqui vai; Por volta de 1892, em Salvaterra, existia vários e aguerridos grupos musicais, que por falta de espaço para actuação aproveitaram a remodelação do Jardim em frente à Câmara Municipal, pedindo que ali se construí-se um Coreto ( por ser pequeno de estrado actuavam entre-calados e só na época de verão * Em Muge também foi construído sob o mesmo desenho * Os anos passaram, aqueles grupos tiveram o seu fim * Com novas obras em 1956/57, naquele Jardim, tanto a sua vedação como o Coreto desapareceram * Por volta de 1957/58, o executivo camarário, encarregou o Carpinteiro; José da Silva - conhecido por José Batata, na construção de um outro Coreto, mas em madeira * A Banda música dos Bombeiros, lá o usava algumas vezes em tempo de verão, ou quando havia festas na vila * Era muito solicitado "por empréstimo" para festas das terras em redor chegando ir ao Montijo (1) * Durou pouco tempo, passava muitos meses arrumado a um canto. Nos tempos que correm justifica-se a construção de um novo Coreto? !... *********** (1) - na sua montagem e desmontagem lá estavam o José Batata, e como ajudante; José Gameiro (José Pataco), empregado municipal * As cargas e descargas eram em camionetas de aluguer existentes em Salvaterra de Magos * Uma pergunta eu, faço a mim mesmo? JOSÉ GAMEIRO
Eramos um magote de crianças. Andávamos na escola da nossa terra, Salvaterra de Magos , e brincávamos no cais da vala. não deixávamos de ver os barcos serem puxados à cirga, pelo valado até à Boca da Vala, até porque estávamos no dobrar do séc. XX, e o movimento daquelas embarcações enchiam o movimento daquele porto. O tempo não estava para graças. os dias eram sombrios e longos. As manhãs nem sempre mostravam a geada da noite – aquela neve salgada que queimava os rebentos das sementeiras. Era tempo de Inverno,. O S. Martinho, já tinha tido o seu tempo. As mulheres rurais costuravam sentadas à porta nos dias solarengos, e os homens entretinha-se pelas tabernas da vila. A chuva de molha tolos, caía persistente, intercalada com queda forte, movida pelas rajadas de vento, que tudo partia, levando à frustração dos agricultores, que andavam em grande lavarinto, preocupados com as cheias, que poderiam estar ali por dias. Os marítimos ao redor de fogueiras, no cais da vala, na esperança de poderem abrirem velas grandes, bem amarradas com suas caranguejas ao mastro das embarcações, não fosse o diabo tesselas, num golpe de rajada, Os camaradas mais novos, ouvindo os mais experientes, que olhavam longamente para o ar, estudando o voltar das nuvens negras bem carregadas , neste estado lá diziam “isto é coisa para uns dias”, quando intercalavam com as mais brancas “ o tempo vai melhorar dentro de algumas horas””, até porque o vento está fraco, e se for de norte melhor, os aguaceiros, já são gotas de chuva, que antes de caírem provocam um ar quente. Os agricultores, não deixavam de diariamente procurar os mestres-arrais, de sua confiança, e com eles terem uma conversa ajaezada, e com informes favaoráveis, depressa davam azo às muitas soluções de trabalho , para os seus ranchos de trabalhadores. A primavera estava por aí em força !..... JOSÉ GAMEIRO
O CLUBE FESTEJA ANOS, a noite ia bem adiantada, o frio junto com o navoeiro "tolhia-nos" o corpo e o pensamento. Estávamos aconchegados no sofá "embebidos" a ver a televisão (até porque a idade e saúde, a isso nos convidava). Os festejos dos Reis Magos, realizados em Madrid (Espanha), eram o centro da nossa atenção, de repente, aqui em Salvaterra de Magos, os foguetes estalaram no ar, veio-nos ao pensamentos, decerto comemorava-se os anos CLUBE DESPORTIVO SALVATERRENSE Esta colectividade, "bebeu" a sua origem no Grémio Artístico, que nasceu em 6 de Janeiro de 1925. "...... . Esta colectividade, tinha a sua sede na Rua do Forno de Vidro, mesmo ali à curva com a rua Machado Santos,, sendo um dos grandes impulsionadores, o sapateiro, de nome Gonçalves. que tinha oficina na Rua Forno de Vidro .....; e apenas como associados pessoas que tivessem profissões de operários como: Pedreiro, Barbeiro, Padeiro, Caixeiro de Balcão e Carpinteiro de Obra. tinha como equipe o "Foot – Bol * Club Estrela Salvaterrense, que apareceu depois de muitos pequenos agrupamentos, existentes na vila, terem sido expurgados......." JOSÉ GAMEIRO Nota: "Excerto retirado do livro - Origem do Clube Desportivo Salvaterrense" publicado em PDF * www.historiasalvaterra.blogs.sapo.pt José Gameiro ISSUU
Para atenuar a desgraça do abalo sísmico, ainda não tinham passado três anos quando no dia 25 de Janeiro de 1912, um grupo de 6 Salvaterrianos, veio até à Misericórdia da sua terra natal, e entregou 1.369$530, produto de uma subscrição pública, recolhida entre uma vasta colónia de patrícios que viviam em Lisboa. Naquele dia 23 de Abril de 1909, a tarde ainda ia a meio. Os ranchos de homens e mulheres rurais, só depois do sol posto, ouviam a voz do capataz “ por hoje basta!..” E numa correria, cada qual, “amanhava” as suas roupas e panela do almoço, e regressavam a pé, num passo de corrida, até à vila de Salvaterra de Magos, que ainda ficava a uns quilómetros de distância, tal como o faziam de madrugada, para “pegarem” no trabalho ao nascer do sol. Uns andavam, no Paul de Magos, outros no Mouchão do Gaspar, outros ainda no Campo dos Freires. Ao todo o campo da Lezíria ribatejana, estava cheia de trabalhadores. O tempo de Primavera, já “enxugava” as terras, depois das cheias de Inverno - era época das sementeiras. Na vila, eram 5 horas e 5 minutos, a terra tremeu. Era um terramoto, muitas casas caíram, outras ficaram em parte desmoronadas. Os patrões, depressa “arregimentaram” trabalhadores disponíveis nas suas Abegoarias, e cavalgando em animais numa louca correria, levavam o recado para o pessoal “despegar” e que viessem todos em fila – nada de grupos !.. Ás almas bondosas da terra, juntaram os lavradores, depressa num grande celeiro estavam reunidas a tomar previdências. As réplicas do sismo, iam dando mostras de continuarem, mesmo nos dias seguintes. A solidariedade, depressa chegou de todos os cantos do país e do mundo, para atender também as vitimas de Benavente e Samora Correia. Foi num relato impressionante, que me contou, José Caleiro, em 1980, um dos poucos idosos ainda vivos, que viveram aquela desgraça. JOSÉ GAMEIRO
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